28 novembro, 2007

Xixi Mata Sete na Bahia

No último domingo, 25 de novembro, acompanhamos a morte sete pessoas no jogo Bahia e Vila Nova, que levou o clube baiano à série B do Campeonato Brasileiro. Vou usar um chavão para definir isso: - Crônica de uma tragédia anunciada. A Fonte Nova (que na minha opinião é arquitetonicamente um dos mais belos estádios do Brasil) era uma bomba relógio.

Até o final do ano passado tinha sua capacidade restrita a seis mil pagantes. Quem foi o gênio da engenharia que achou que o estádio, que não passou por nenhuma reforma considerável poderia receber de um momento para outro um publico dez vezes maior? Houve uma intervenção do divino espírito santo? Somente isso justificaria a liberação do estádio, pois desde que foi inaugurado o anel superior do estádio, nenhuma obra mais foi feita.

Nem a reforma mandrake que ACM promoveu em 1993 é considerada uma reforma. Concretaram alguns trechos do estádio, pintaram, mas fora isso, não foi feito nada para conter as vibrações da torcida, não adaptaram o lugar para receber os torcedores sentados, o estádio não dispõe ao menos de banheiros que servissem o anel superior onde degrau cedeu e ocasionou a queda dos torcedores de uma altura equivalente a um prédio de sete andares.

Podemos afirmar que a falta de banheiros na Fonte Nova é uma das causa da tragédia. Chocado? Não fique. Laudos apontam que uma das principais causas do desgaste do concreto no estádio é alta concentração de ácido úrico nos degraus das arquibancadas. Por que acontece isso? Por que não tem banheiros em condições de receber o público, e logo, a necessidade biológica fala mais alto.

Isso ocorria a pouco mais de dez anos nos estádios do Morumbi, e Maracanã, mas com as reformas recentes foi um problema sanado. Mas em estádios como Pacaembu, Palestra Itália, Mineirão e em praticamente todos os estádios do norte e nordeste é um problema comum. Enfim meus caros, como toda lei neste país, rasgaram também o estatuto do torcedor.

Dica do Português:

O Madredeus é o grupo musical português de maior projeção mundial. A sua música combina influências da música tradicional portuguesa com a música erudita e com a música popular contemporânea, com destaque para a música popular brasileira (sobretudo a bossa nova).

Erroneamente sempre consideraram o Madredeus como um grupo de fado, gênero musical português mais conhecido internacionalmente, sobretudo pela imprensa fora de Portugal. O grupo jamais se descreveu desta forma, ainda que declarasse existir uma aproximação ao "espírito musical" do fado.

A dica é o Palavras Cantadas de 2001 que é uma coletânea direcionada ao público brasileiro e abrangendo o trabalho do grupo entre os anos de 1990 e 2000. Pode escutar sem medo as faixas O Pastor e Maio Maduro Maio, minhas favoritas do disco. Para fazer download do disco completo, basta clicar na capa do CD abaixo.








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