25 outubro, 2007

Léo

E esta falência constante é exatamente o que eu sou.
Mais do que isso: pleonasmos, eufemismos, elipses, redundâncias.
Eu odeio esta mentira grandiloqüente de fingir ser quem eu não sou.
Avesso.
Eu quero sempre gritar minha única essência – avesso.
Cabelo despenteado. Gordura. Fragilidade.
Rubem Fonseca pela metade (quem me dera).
Um oitavo da Clarice.
Um milésimo do Guimarães.
Ser este brasileiro infeliz.
Antagonista de tudo.
Mentiroso congênito.
Eu.
A marca capital.
O resto é resto.
E o resto é nós também,
sem pós,
sem neo,
sem porcaria alguma que aumenta o erro.
Apenas um Léo.

Dica do Português:

Eu e Outras Poesias - Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos combina com este dia frio e londrino de hoje. O poeta paraibano, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano, mas muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, concordam em situá-lo como pré-moderno.

É um dos poetas mais estranhos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada (e detestada) tanto por leigos como por críticos literários.

O procedimento continua o mesmo: Clica na imagem do livro, e faz o dowload do texto na intégra.













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2 comentários:

Daniella Ricciardi disse...

Tudo bem Léo.. Eu gosto de vc assim mesmo... kkk... beijos...

Anônimo disse...

Condição: Avesso.
E essa necessidade de nos pentearmos e mantermos o peso ideal.
E sua única essencia: avesso.
Belo, Belo.
sempre que passo por aqui, boto fé que ainda existem pessoas interessantes e inteligentes na face da terra!
Amo vc muitão! Saudades!
Sua amiga, karen