03 outubro, 2005

Contradições, paradoxos e outras coisas mais

Este é mesmo um país no mínimo fora dos padrões. A política não é levada com a seriedade que dela se espera, a sociedade também não é lá estas coisas e o futebol...Sem comentários o futebol não é sério mesmo, mas este final de semana deu provas que pode ser o contrário disto tudo. Ficou enrolado? Entendeu bulhufas do pensamento acima? Então vamos lá, tentar explicar o raciocínio.

Para explicar a política nacional iria gastar meus dedos no teclado e não chegaria a um consenso, mas temos algumas coisas interessantes de se analisar como por exemplo: Por que não existe fidelidade partidária? Torça-se do eleitor como se ele fosse um palhaço neste circo. Elegi políticos associando meu voto a legenda destes, o que espero no mínimo é que se termine a eleição nesta legenda. Por que não aprovar uma emenda que proíba trocas após o pleito eleitoral? De 01 janeiro de 2002 até a última sexta feira foram feitas mais setenta trocas de legenda, isto somente na câmara federal e no senado. Até o vice presidente migrou. Agora pergunto. Você acha que isto é revisão ideológica ou há algo por trás desta mudança?

A sociedade, eu, você, todos nós questionamos isso tudo, mas aceitamos um conhecido passar um atestado medico “frio” na empresa. Isto é roubo. Isto é falha de caráter. Aceitamos o pequeno empresário que burla leis e compra notas frias. Aceitamos isso embasados que o país tem uma carga tributária exagerada, mas não questionamos políticos sobre isso. Sabia que podemos enviar projetos leis a câmara, quantos de nós passou um e-mail para um deputado federal ou senador que elegeu questionando isso? Confesso que fiz isto poucas vezes, acho que conto nos dedos da mão (do Lula) as ocasiões em que me vali desta ferramenta. Um questionando é pouco, dez insuficiente, cem nada acontece, agora pense:Cem mil...bem cem mil algo tem que acontecer. Cabe a nós a mudança. Não me venha com discurso pronto que não tem como mudar...mudar é difícil, trabalhoso, mas pressionar é algo palpável.

E o futebol? Tomou uma atitude que não condiz com seu meio, devido ao fato lamentável de suborno comprovado do juiz Edílson Pereira de Carvalho, a partir do dia doze serão jogados novamente todos os jogos que ele apitou no campeonato nacional de 2005 e sobre os quais pairam dúvidas. Sinceramente? Achei uma atitude surpreendente. Não esperava tal fato.

Em Brasília poderia ser feito algo semelhante. Suspeitas de caixa dois na campanha? Mandato cassado. Simples e prático.

Dica do Português:

Christophe Blain nasceu em Paris, em 1970, freqüentou e foi expulso da Escola de Artes em 1989, alistou-se na Marinha em 1991, passou uma temporada em uma base francesa no Pólo Sul em 1997 e, no mesmo ano, voltou à França e se tornou desenhista profissional. Desde então, é um dos novos autores que têm se destacado na produção da bande dessinée, a história em quadrinhos francesa, especialmente por trazer de volta um traço clássico, próximo ao de mestres como Hergé, e por construir roteiros que evocam a literatura clássica de aventuras. Isaac, o Pirata, que a Conrad lança neste mês, é possivelmente o mais conhecido exemplo de sua obra.

A edição brasileira reúne os três primeiros capítulos das aventuras do pintor judeu (mas ateu, como se declara) Isaac Sofer, editados na França a partir de 2001.A trama, passada no século 18, conta a história do jovem e talentoso Isaac, apaixonado por pintura e por temas marítimos, mas com um problema comum aos iniciantes: a falta de dinheiro. A solução para o seu problema aparece na forma de um cirurgião que o convida para conhecer o capitão de um navio, para o qual poderia trabalhar como pintor.Antes que se dê conta, Isaac está em um navio rumo às Américas e descobre que o capitão para quem vai trabalhar é o pirata Jean Mão-Boba. A partir daí, o plano de ganhar algum dinheiro e voltar para os braços da mulher se transforma numa empreitada que vai do Caribe até o Pólo Norte, com direito a batalhas navais, pilhagens e descoberta de novas terras.O roteiro de Blain é inspirado em sua carreira militar por um motivo prático, segundo ele: por considerar que o maior problema de criar uma HQ é adequar a velocidade do cérebro (que cria enredos rapidamente) com a da mão (que os transforma em desenho mais lentamente), prefere tratar de temas que lhe são familiares.

Abraços do português,
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.
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5 comentários:

Anônimo disse...

Mas, no fim da contas, toda essa promiscuidade partidária tem seu mérito: mostrar a verdadeira face de nossos candidatos e apontar para sua verdadeira ideologia, que é voltada ao lucro e ao que for conveniente no momento.

Vale lembrar que nosso vice-presidente, que como um pássaro que migra para o sul em busca de um clima mais agradável e de fartura, mudou para o PMR, partido de outra ilustre figura da fauna brasileira, Edir Macedo.

Concordo com seu ponto-de-vista pois, ao contrário do que nosso professor acredita, é preciso mudar essa postura passiva e conivente que é muito característica do brasileiro, pondo um fim a toda essa omissão.

Abraços

Anônimo disse...

Hum...
Adoro o Brasil, mas to cansada...
Muito cansada disso tudo...
Que venha logo 2006, pra ve se muda alguma coisa além do ano!

BEIJOS

Anônimo disse...

Mandato cassado, só com comprovação de caixa 2 né Leo, se formos detonar tudo a partir de suspeitas não sei onde vamos parar, sem contar que é injusto, mas comprovada o delito tem mesmo que haver mandatos cassados.

Slash disse...

Mandato cassado, só com comprovação de caixa 2 né Leo, se formos detonar tudo a partir de suspeitas não sei onde vamos parar, sem contar que é injusto, mas comprovada o delito tem mesmo que haver mandatos cassados.
ass Renato

Anônimo disse...

Mandatos devem ser cassados sim com a comprovação do caixa dois.
É um absurdo a situação da nossa política. Caixa dois é crime! Rompe com leis estabelecidas, burla o TSE, burla o fisco, burla o eleitorado. De onde vem este dinheiro? Da sonegação? Do tráfico?
É complicado.
Belo texto...de novo.
Julio