Com bases no último senso do IBGE, e os fatos da semana que se passou, elaborei este exercício de indignação:
A nova loja Daslu, se é que pode se chamar de loja este bunker de acesso restrito. Com 20 mil metros quadrados, ocupando uma das áreas nobres de São Paulo. Com toda uma divulgação na semana que se passou para sua inauguração, a mídia aparentemente esqueceu-se que um dos fatores que levou as proprietárias da loja a procurar este novo endereço, foi à ordem de desocupação da área anterior. A Daslu feria a lei de zoneamento, já que o antigo domicilio da loja era considerado uma zona residencial.
A demora para retirada da loja do antigo endereço deve-se além da morosidade da justiça, a denuncias da máfia das propinas, que fazia vista grossa a presença de lojas como a Daslu naquela região. Mas não é sobre este detalhe que vou escrever.
Não muito longe do atual endereço da loja, encontra-se a conhecida favela Coliseu. As famílias que moram lá estão ameaçadas de desapropriação, pois a área é invadida. Segundo dados do IBGE em seu último senso, baseei este exercício: A soma da renda mensal das famílias que moram na favela Coliseu seria de R$ 10.752,00 ou o equivalente a duas calças da marca Dolce & Gabbana que são vendidas na Daslu.
A quantidade de famílias que moram na favela Coliseu é de aproximadamente 100 famílias. Que sobrevivem mensalmente com pouco mais de R$100,00. Formada em sua maioria por desempregados a população da Coliseu sobrevive da informalidade.
Ponto e Contraponto: A loja com 20 mil metros quadrados, que tem previsão de movimentar anualmente o equivalente ao PIB de uma cidade de médio porte do estado de São Paulo. 100 famílias vivendo em uma área de 20 mil metros quadrados com um PIB anual de pouco mais de R$1000,00 (por família) ou R$250,00 anuais por membro da família.
É por disparates como estes que estamos à frente de somente Serra Leoa na pesquisa do IPEA, onde A soma da renda dos 1% mais ricos do Brasil é igual à soma dos salários dos 50% mais pobres. Segundo a pesquisa, temos 53,9 milhões de pobres, o que equivale a um terço da população nacional.
Sem maiores comentários.
Dica do Português:
A nova loja Daslu, se é que pode se chamar de loja este bunker de acesso restrito. Com 20 mil metros quadrados, ocupando uma das áreas nobres de São Paulo. Com toda uma divulgação na semana que se passou para sua inauguração, a mídia aparentemente esqueceu-se que um dos fatores que levou as proprietárias da loja a procurar este novo endereço, foi à ordem de desocupação da área anterior. A Daslu feria a lei de zoneamento, já que o antigo domicilio da loja era considerado uma zona residencial.
A demora para retirada da loja do antigo endereço deve-se além da morosidade da justiça, a denuncias da máfia das propinas, que fazia vista grossa a presença de lojas como a Daslu naquela região. Mas não é sobre este detalhe que vou escrever.
Não muito longe do atual endereço da loja, encontra-se a conhecida favela Coliseu. As famílias que moram lá estão ameaçadas de desapropriação, pois a área é invadida. Segundo dados do IBGE em seu último senso, baseei este exercício: A soma da renda mensal das famílias que moram na favela Coliseu seria de R$ 10.752,00 ou o equivalente a duas calças da marca Dolce & Gabbana que são vendidas na Daslu.
A quantidade de famílias que moram na favela Coliseu é de aproximadamente 100 famílias. Que sobrevivem mensalmente com pouco mais de R$100,00. Formada em sua maioria por desempregados a população da Coliseu sobrevive da informalidade.
Ponto e Contraponto: A loja com 20 mil metros quadrados, que tem previsão de movimentar anualmente o equivalente ao PIB de uma cidade de médio porte do estado de São Paulo. 100 famílias vivendo em uma área de 20 mil metros quadrados com um PIB anual de pouco mais de R$1000,00 (por família) ou R$250,00 anuais por membro da família.
É por disparates como estes que estamos à frente de somente Serra Leoa na pesquisa do IPEA, onde A soma da renda dos 1% mais ricos do Brasil é igual à soma dos salários dos 50% mais pobres. Segundo a pesquisa, temos 53,9 milhões de pobres, o que equivale a um terço da população nacional.
Sem maiores comentários.
Dica do Português:
Quem gosta mesmo de cinema, não pode deixar de assistir ao filme argentino O Cachorro. Na recuperação de uma crise assim como seu país, o argentino Juan Villegas passa por dias de vacas magras. Demitido do posto de gasolina em que trabalhava, seu único amigo parece ser o cachorro Bombón, abandonado por uma mulher que vive nos confins da Patagônia. O mecânico, homem de índole incontestável e bom coração, ainda tem de amargar as ameaças da filha, que quer expulsá-lo de casa. A esperança surge, porém, quando o cão vence um concurso local de animais. Animado, ele passa a cruzar o país para fazer de seu melhor amigo um vencedor.
O drama é dirigido por Carlos Sorin, o mesmo de Histórias Mínimas. No elenco amador, o protagonista empresta seu nome real ao personagem que interpreta. Assim como outras produções realizadas pós-crise, o filme mostra um pouco de esperança e emoção na vida de pessoas simples em busca de uma luz no fim do túnel.
Abraços do português,
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.
E-mail: lgorgueira@hotmail.com
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.
E-mail: lgorgueira@hotmail.com
Um comentário:
adorei a comparação... daslu é bunker ... rararararara... muito bom !
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