Somos na realidade uma nação de corruptos. Não somente nos corrompemos financeiramente, mas moralmente também. Mudamos ao sabor dos ventos, não temos o menor pudor bandear-nos para outro lado, somos sempre os primeiros a falar quando surge alguma dificuldade: “- mas não tem como dar um jeito?” ou a clássica “- Quebra esse galho vai...”
São por estas e outras que casos como o dos Correios na semana passada não nos chocam mais. Segundo a ONG Transparência Consciência e Cidadania em seu sítio www.tcc-brasil.org.br, o Brasil é 45º em um ranking de corrupção elaborado em 2004. Estamos, portanto no meio tabela, onde quem lidera como menos corrupto é a Suécia e fechando a lanterna da corrupção Camarões.
Todo país que foi pesquisado para a composição do ranking inicia o processo com uma nota dez, esta é subtraída por critérios dos pesquisadores que verificaram a corruptividade da população em esferas publicas e privadas. A Suécia teve nota final 8,9 enquanto que Camarões ficou com 1,5. O Brasil ficou com 4,1. "A situação do Brasil melhorou ligeiramente desde 2000 Como a cada ranking são incluídos novos países, a comparação ano a ano deve ser feita pelo IPC (Índice de Percepção da Corrupção). Os índices do Brasil foram 2,7 (2000), 2,96 (2001), 3,56 (2002), 4 (2003) e 4,1 (2004). Quanto maior o IPC, menor a percepção da corrupção. No ranking, o Brasil está atrás de Chile, Namíbia, Costa Rica, Malásia e Peru, por exemplo, e à frente de Jamaica, México e Argentina.
Temos um ambiente propicio para escandalos como o da semana que se passou. O governo brasileiro dispõe de 25.000 cargos de confiança. Um emaranhado ideal para a corrupção aflorar.
Em países como a Inglaterra este número é de apenas 100, na França não passa de 1.000, e nos EUA, país de dimensões geograficas semelhantes ao Brasil este número atinge 5.000. Dividimos os cargos entre partidos aliados, base governista e nas tradicionais trocas de favores. Hoje os cargos de confiança que são preenchidos por indicação política (não é necessário concurso público) estão dispostos da seguinte forma:
PT: 16.000 cargos
PTB: 2.000 cargos
PL: 2.000 cargos
PMDB: 1.500 cargos
PP: 1.000 cargos
PSB: 750 cargos
PC do B: 750 cargos
PPS: 500 cargos
Outros Partidos: 500 cargos
Distribuídos a revelia, onde melhor se encaixa os interesses destes partidos. Enfim, somos responsáveis pelo nosso próprio inferno.
Dica do Português:
Como não ando muito bem vou preservar quem lê a coluna do meu mau humor, e passar uma sugestão para quem gosta de cinema, principalmente de curtas metragens. É o sítio www.portacurtas.com.br, uma boa quantidade de horas de diversão: Minhas dicas é que busquem o cruel Ilha das Flores, inocente e surreal Barbosa, o ferino Deus é Pai e o melhor de todos em minha opinião Cartas da Mãe, que consiste em uma série de depoimentos de artistas e intelectuais sobre o cartunista mineiro Henfil.
Abraços do português,
São por estas e outras que casos como o dos Correios na semana passada não nos chocam mais. Segundo a ONG Transparência Consciência e Cidadania em seu sítio www.tcc-brasil.org.br, o Brasil é 45º em um ranking de corrupção elaborado em 2004. Estamos, portanto no meio tabela, onde quem lidera como menos corrupto é a Suécia e fechando a lanterna da corrupção Camarões.
Todo país que foi pesquisado para a composição do ranking inicia o processo com uma nota dez, esta é subtraída por critérios dos pesquisadores que verificaram a corruptividade da população em esferas publicas e privadas. A Suécia teve nota final 8,9 enquanto que Camarões ficou com 1,5. O Brasil ficou com 4,1. "A situação do Brasil melhorou ligeiramente desde 2000 Como a cada ranking são incluídos novos países, a comparação ano a ano deve ser feita pelo IPC (Índice de Percepção da Corrupção). Os índices do Brasil foram 2,7 (2000), 2,96 (2001), 3,56 (2002), 4 (2003) e 4,1 (2004). Quanto maior o IPC, menor a percepção da corrupção. No ranking, o Brasil está atrás de Chile, Namíbia, Costa Rica, Malásia e Peru, por exemplo, e à frente de Jamaica, México e Argentina.
Temos um ambiente propicio para escandalos como o da semana que se passou. O governo brasileiro dispõe de 25.000 cargos de confiança. Um emaranhado ideal para a corrupção aflorar.
Em países como a Inglaterra este número é de apenas 100, na França não passa de 1.000, e nos EUA, país de dimensões geograficas semelhantes ao Brasil este número atinge 5.000. Dividimos os cargos entre partidos aliados, base governista e nas tradicionais trocas de favores. Hoje os cargos de confiança que são preenchidos por indicação política (não é necessário concurso público) estão dispostos da seguinte forma:
PT: 16.000 cargos
PTB: 2.000 cargos
PL: 2.000 cargos
PMDB: 1.500 cargos
PP: 1.000 cargos
PSB: 750 cargos
PC do B: 750 cargos
PPS: 500 cargos
Outros Partidos: 500 cargos
Distribuídos a revelia, onde melhor se encaixa os interesses destes partidos. Enfim, somos responsáveis pelo nosso próprio inferno.
Dica do Português:
Como não ando muito bem vou preservar quem lê a coluna do meu mau humor, e passar uma sugestão para quem gosta de cinema, principalmente de curtas metragens. É o sítio www.portacurtas.com.br, uma boa quantidade de horas de diversão: Minhas dicas é que busquem o cruel Ilha das Flores, inocente e surreal Barbosa, o ferino Deus é Pai e o melhor de todos em minha opinião Cartas da Mãe, que consiste em uma série de depoimentos de artistas e intelectuais sobre o cartunista mineiro Henfil.
Abraços do português,
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.
E-mail: lgorgueira@hotmail.com
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