13 maio, 2005

Estamos entre os cinco...

Qual o resultado da equação brutal, que a soma dos valores, miséria, desemprego, falta de perspectivas e violência policial pode gerar?

A polícia ao lado do judiciário, executivo e legislativo forma o “quarteto Geni” do apedrejamento popular no país. Mas porque desta conclusão? Os extratos sociais que formam conceitos no Brasil, não são particularmente vitimas das ações policiais.
Em Moema o policial conversa com o cidadão, em contrapartida no Capão Redondo ele agride, este mesmo. Por que a polícia ainda é mal vista em classes sociais mais abastadas? Talvez por que na realidade a ação policial tanto em Moema quanto no Capão seja baseada em opressão, moral ou física. Este é o conceito e o fundamento das organizações militares, isto é o que vem sendo difundido a séculos. As polícias brasileiras, são máquinas inerciais, no sentido de que reproduzem acriticamente padrões herdados do passado e funcionam reativamente respondendo às demandas.

De modo geral o massacre de Queimados no Rio de Janeiro, que esta às portas de completar três meses, nada mais é que um retrato da violência policial e social no resto do país. O Brasil passou de 11,7 homicidios por 100 mil habitantes em 1980, para 27,8 por 100 mil em 2001. Para chocar um pouco mais, a taxa cresceu 244% em vinte anos, como paralelo a estes dados, a Europa Ocidental tem uma taxa de 3 habitantes mortos para o mesmo coeficiente populacional. Os EUA tem 6 mortos e a nossa vizinha, Argentina, tem uma taxa similar a da Europa.

Hoje no Brasil, nove cidades concentram 25% do PIB nacional. 74% dos homicídios dolosos registrados em 2004 ocorreram em 224 cidades com população superior a 100 mil habitantes. Traduzindo estes números, significa apenas 4% dos 5.507 municípios do país tem mais de 100 mil habitantes.

Segundo a ONU, o Brasil é o quinto colocado no famigerado ranking das homicídios esclarecidos por grupo de 100 mil habitantes. Perdia apenas para Venezuela (4%), Jamaica (3%), África do Sul (2%) e a já líder consolidada Colômbia, que resolve pouco mais de 1% dos seus casos de homicídios.

A polícia hoje representa um poder paralelo consolidado. Não podemos mais proferir bordões do tipo Basta, Chega, Intervenção Federal e escrever editoriais espumantes de raiva, se não houver reformas, veremos taxas crescer ano após ano. É preciso promover nos meios policiais uma reforma estrutural e ideológica, para podermos tentar mudar algo, é necessário uma unificação da polícia. Instituir o conceito de que polícia é para proteger a sociedade, polícia militar e civil devem ser um só órgão, de preferência sem a terrível ideologia militar, que em parte é um dos fatores que levou-se a esta condição.

Mais um nome para caderneta de maus pagadores do português, em virtudes de serem um dos co-responsáveis pela atual situação de caos na segurança do Rio de Janeiro, incluímos aqui hoje o Casal Garotinho. Por todas as arbitrariedades e falta de pulso em controlar a situação do que é hoje um dos piores estados da federação em questão de violência.

A dica do português hoje é para relaxar no final de semana, com o CD Amazônia 2 - uma Suíte Para as Grandes Florestas.
O fluxo dos rios, o vento nas árvores e o canto dos pássaros. Os sons de uma grande floresta serviram de base para artistas de new wave criarem as músicas do CD Amazônia 2 - uma suíte para as grandes florestas.
O segundo volume do CD idealizado pela gravadora MCD ao lado do Greenpeace traz o ambiente da Amazônia traduzido em música através de artistas como o grupo Yanur, Atman, Edu Helou, Willian Wong e Namta.

A diversidade de vidas dentro de uma floresta se reflete na diversidade de sons do CD. Enquanto Yanur apresenta seu som acústico misturando flauta, violão, percussão e harpa, os temas indígenas ganham uma leitura eletrônica de Atman.

A variedade de estilos se encontra em uma new wave relaxante que simula um passeio imaginário pelos mistérios e uma floresta tropical. Para relaxar e viajar sem sair do lugar.
Abraços do português,
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.
E-mail:
lgorgueira@hotmail.com

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