São Paulo é a cidade onde sei morar melhor. Sou carioca, mas aqui me adaptei muito bem. Isso não significa que seja o melhor lugar do mundo. A cidade, não é somente um sentimento de gostar dela, é saber morar.
São Paulo é assim. Sei morar, embora não goste tanto. Aprendi a lidar com as grandes multidões, adoro a pluralidade de culturas, já sei viver engarrafado. Até a violência vejo como algo esperado. Não aceitável, mas esperado. Não me conformo com esta onda de ataques, embora veja ele realçado por uma cobertura maçante e massificante da imprensa. Principalmente por programas onde este papel não é seu. Foram dadas tintas neste quadro que aumentaram o terror, inspiraram ataques que talvez não ocorressem e aumentaram ainda mais o respeito que parte da população tem pela facção responsável.
Não estou falando que não se devesse comentar o assunto. É de interesse, mas a abordagem deveria ser menos ufanista creio eu. Acompanhar pm´s em perseguição, mostrar mães chorosas e marcas de sangue, não ajudam em nada a solução do problema. Na realidade aumentam o poder do autor dos fatos.
Ao invés disso, deveria ser analisado o caos social da cidade o que favoreceu o cenário. Falta emprego, educação, moradia, enfim condições básicas de vida. Sem escola, sem emprego e sem possibilidade comprar a casa. Quem dá emprego para um analfabeto funcional? Bingo! A criminalidade. Pronto, o cidadão vai ganhar um salário acima da média do seu nicho social, vai dar uma casa melhor para a família, e ter a ilusão que não precisava mesmo da escola. Transmite esta idéia para os seus e foi formado o ciclo que vai incentivar a vida torta de novos criminosos. Melhore a educação e crie empregos. O crime não vai ser extinto, mas será levado para patamares aceitáveis.
São Paulo é assim. Sei morar, embora não goste tanto. Aprendi a lidar com as grandes multidões, adoro a pluralidade de culturas, já sei viver engarrafado. Até a violência vejo como algo esperado. Não aceitável, mas esperado. Não me conformo com esta onda de ataques, embora veja ele realçado por uma cobertura maçante e massificante da imprensa. Principalmente por programas onde este papel não é seu. Foram dadas tintas neste quadro que aumentaram o terror, inspiraram ataques que talvez não ocorressem e aumentaram ainda mais o respeito que parte da população tem pela facção responsável.
Não estou falando que não se devesse comentar o assunto. É de interesse, mas a abordagem deveria ser menos ufanista creio eu. Acompanhar pm´s em perseguição, mostrar mães chorosas e marcas de sangue, não ajudam em nada a solução do problema. Na realidade aumentam o poder do autor dos fatos.
Ao invés disso, deveria ser analisado o caos social da cidade o que favoreceu o cenário. Falta emprego, educação, moradia, enfim condições básicas de vida. Sem escola, sem emprego e sem possibilidade comprar a casa. Quem dá emprego para um analfabeto funcional? Bingo! A criminalidade. Pronto, o cidadão vai ganhar um salário acima da média do seu nicho social, vai dar uma casa melhor para a família, e ter a ilusão que não precisava mesmo da escola. Transmite esta idéia para os seus e foi formado o ciclo que vai incentivar a vida torta de novos criminosos. Melhore a educação e crie empregos. O crime não vai ser extinto, mas será levado para patamares aceitáveis.
Aí eu ligo a TV e vejo o Conte Lopes pedindo a pena de morte. Vemos projetos de leis que estão sendo colocados em votações e discutidos no calor dos acontecimentos. Infelizmente isso não é esta a solução. Alías, a pena de morte como solução é algo que é provado que não funciona. Eu já desejei a pena de morte uma vez. E lembrei desta historia hoje. Estava em frente ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo um pombo fez cocô na minha camisa. Fiquei com muita raiva e queria matar o pombo. Depois de um tempo, uns dois anos passando lá descobri que tem um gavião que mora na fachada do Teatro. Depois daquele dia em que fui vítima do pombo, toda vez que passava na frente do teatro olho para cima, acho que na esperança de ver o pombo. Então foi aí que descobriu que tem um um gavião que mora na marquise do teatro. A partir disso, sempre que passo por ali me pergunto se aquele gavião já comeu o pombo que fez cocô na minha camisa. A pena de morte em suma é isso. Você quer limpar o cocô da sua camisa com o sangue.
Dica do Português:
A partir de amanhã até 11/06 o mundo real, ou melhor, a realidade construída a partir do registro fotográfico, chega a São Paulo em duas importantes mostras: na quinta, o Sesc Pompéia inaugura a tradicional exposição das melhores imagens do fotojornalismo do ano passado premiadas pela instituição holandesa World Press Photo.
Uma boa oportunidade para se constatar o chavão: "Uma imagem vale mais que mil palavras".
World Press Photo
Quando: Abertura na quinta-feira, de terça-feira a sábado, das 9h30 às 20h30. Domingo e feriados, das 9h30 às 19h30; até 11/6
Onde: Sesc Pompéia
Onde: Sesc Pompéia
Endereço: Rua Clélia, 93, Pompéia, SP,
Telefone: 3871-7700
Quanto: entrada franca
Servimos bem para servir sempre!Pão quentinho de hora em hora!
E-mail: mailto:lgorgueira@hotmail.com
Comente! O seu comentário é o meu salário
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3 comentários:
Caro Léo, a vida tornou-se dura no maior pólo urbano do Brasil.
A situação num todo torna-se cada vez mais lastimável.
Precariedade em diversos âmbitos sociais de base, como a escola.
Cadê a educação, a saúde, o emprego, condições cidadãs para um povo desacreditado.
Cadê a voz e a vez?
Cadê a mobilização social!
Depoimento de indignação...
Abraço
Pensando por esse lado, sobre a pena de morte eu concordo com vc...
Mas, que eu queria matar "uma pá de fulaninho eu queria...rs!"
Bjos
[b][marroon]Léo,
Você conseguiu colocar com maestria o teu, o meu e o pensamento de várias pessoas de forma clara e objetiva. Quem dará emprego a um analfabeto funcional ou ao analfabeto do século XXI? Respondeu, objetivamente também...
Enquanto não mudar o pensamento da maioria que vota, a minoria que domina, continuará a colocar em pauta os seus interesses.
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