17 dezembro, 2006

Vermelho

O futebol das terras do Sul do país, sempre me atraiu. Em primeiro lugar porque gosto do de ver o jogo sendo jogado com raça. A mesma raça e sangue quente que permeia a história do estado, de homens de fibra, de valor, de coragem. Depois, por que tenho uma atração em torcer pelo anti-herói. Já disse isso antes: O anti-herói é a graça da história. E o futebol gaúcho carrega esta aura.

O anti-herói é atrativo ao extremo. Abel, técnico do Inter é a tônica disso. Perdeu uma libertadores com o Inter. Tem o estigma de ser um treinador violento. Pior, tinha a fama de ser um técnico perdedor, fadado ao vice-campeonato.

O Inter espera desde 1983, quando o Grêmio de Renato que na época ainda era Renato Portaluppi,ganhou do Hamburgo da Alemanha. Hoje, era um jogo que até seus primeiros cinco minutos, parecia que seriam confirmadas as previsões, de que seria uma lavada para os catalães. Não foi. Deu Inter. Faltou técnica, faltou segurança, faltou até um futebol mais refinado. Mas não faltou raça.

Me lembro agora de um torcedor famoso do Internacional, Luis Fernando Veríssimo, e sou arremetido a um dos mais interessantes de seu pai, Erico Veríssimo. O Inter hoje foi Um Certo Capitão Rodrigo. Não era perfeito, pelo contrário, era cheio de defeitos, mas era apaixonante.

Rodrigo, parceiro de escriba, colorado. O português aqui, vascaíno, com uma inveja gostosa deste título mundial diz: O texto é teu. Afinal, neste domingo em que uma nação de colorados gaúchos, montados em uma deliciosa arrogância de campeões do mundo, contradizem o astronauta russo falando que o mundo é vermelho, meu caro eu digo: o mundo é teu!

Dica do Português:

Neste domingo vermelho que antecede um período de mais tranqüilidade, eu sugiro a leitura de uma obra do mestre gaúcho citado aqui neste texto. A trilogia O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo, é considerada por muitos a obra definitiva do Rio Grande do Sul e uma das mais importantes do Brasil. É dividida em O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962), o romance representa a história do Rio Grande do Sul, de 1680 até 1945, fim do Estado Novo, através da saga da família Terra e da família Cambará. São Sete livros, mas que são devorados em uma velocidade absurda.

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3 comentários:

Fabio Camargo disse...

Melhor que a raça gaúcha foi a cara do outro gaúcho, o dentucinho, mas que não tem o coelhinho Sansão, muito menos um Cebolinha armando contra ele.

Tanto fala, tanto acha.. mas quem realmente mostrou ser raçudo e merecedor do título foi o impetuoso espírito de equipe e cumplicidade entre os jogadores do Inter.

Viva Inter, merecidamente. Eu até gritei (muito) na hora do gol e quando acabou o jogo. Senti quase o mesmo que pelo meu Tricolor Paulista, pois dá gosto ver o Inter jogar.


Abraço, Léo.

wilL disse...

não gosto de futebol aí fui direto pra dica...eu gosto do tempo e o vento!

Ordem&Conceito disse...

Caro léo,

Feliz 2007 p/ vc e sua família.