20 dezembro, 2005

Veja® isso

O mundo caindo. Julgamentos de criminosos de guerra acontecendo, crises políticas, governo balançando, briga eleitoral começando a esquentar. Escândalos e uma série de assuntos que seriam uma pauta séria perdem espaço para assuntos menos relevantes.

O maior semanário do Brasil, a revista Veja® em suas últimas capas nos brindou com temas de grande importância diante da atual situação do mundo. Os títulos que anunciam as ditas matérias de capa são: “Adeus Pneuzinhos” (14/12/2005) e “Ana Carolina - Sou Bi e Daí?” (21/12/2005), não são necessárias maiores explanações sobre os tema não?

Isto par não falar no decorrer do ano quando capas sensacionalistas como a do dia (02/11/2005) “Os Dólares de Cuba Para a Campanha de Lula” ou “Tentáculos da FARC no Brasil” (16/03/2005) mostram o caráter que a revista tomou. Veja® um dia foi um veículo mais sério, não totalmente, mas mesmo assim um tanto quanto menos baixo. Mas este lado popularesco e cruel já dava demonstrações anteriores.

Desde que Mário Sabino se tornou o redator chefe da revista, matérias jornalísticas tem sido temperadas com doses de literatura barata. Veja® se tornou um palanque de aluguel. Apesar de que a direita deve pagar melhor que à esquerda. Desculpem o termo, mas as pauladas dadas no governo anterior eram, digamos, mais limpas do que acontece agora. O governo FHC não era tratado da forma que o atual é noticiado. Não estou em hipótese nenhuma defendendo o PT, porém o desdém ou pessimismo para este governo pode ser medido pelos títulos de capas da revista. Em 05/01/1994, na primeira publicação sob o governo do recém eleito FHC, tinha-se o título: “Hora da Faxina” e na capa, após a reeleição de FHC mostrava-nos o titulo de “Agora é Guerra” (07/10/1998). Em contrapartida a capa da revista, na primeira semana do governo Lula, chegava às bancas com a questionável manchete: “Lula de Mel – Agora Começam as Cobranças”.

As manchetes inspiradoras e confiantes deram lugar a uma cobrança e desconfianças que beiram o mal ou o mau jornalismo. Ética? Na Abril? Acho mais fácil encontrá-la na “Contigo”.

Dica do Português:

A Pessoa é Para o Que Nasce

São irmãs. São três. São cegas. Unidas por esta peripécia incomum do destino, viveram toda sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas nas cidades e feiras do nordeste do Brasil. O filme acompanha os afazeres cotidianos destas mulheres e revela suas curiosas estratégias de sobrevivência, da qual participam parentes e vizinhos. Acompanha também, numa reviravolta inesperada, o efeito do cinema na vida destas mulheres, transformando-as em celebridades. Um filme em que diretor e personagens confrontam-se com os laços que surgem entre eles, revelando a sedução e os riscos do ofício de documentarista.

Agora, se por um acaso, não for ver uma das sessões, não tem problema. Aluga o DVD, me chama que vejo de novo. É lindo, lírico e no final, dá uma vontade de sair resgatando todos estes artistas populares do Brasil.

Onde:
Cine SESC
Endereço: rua Augusta, 2075, Cerqueira César
Telefone: (11) 3082-0213
Quanto: R$4,00

Abraços do português,
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.
E-mail: lgorgueira@hotmail.com
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Um comentário:

Diana C. disse...

Hum, não é bem assim também né léo... Há um pouco de ética sim na abril...Já experimentou ler CAPRICHO! UHAHUAUHAUH ...é divertida!
Ah, e também achei muito pertinente a matéria da Ana Carolina...Pertinente apenas...
Cansa ve cara de politicos em revistas...

Beijos