Meu mar português

Somente quando estamos sós, sozinhos no sentindo figurado da solidão é que percebemos que ela é pior do que parece. Amar é um sentimento. Mas para quem está de fora, é apenas um verbo transitivo, e como é difícil fazer quem fica de fora entender o sentimento. O sapato somente aperta no pé que calça. Somente agora percebo que amar vai além do gostar e querer bem. Sinto falta. Não apenas da minha esposa. Sinto falta da minha amiga, da companheira, aquela que faz papel de mãe, amante, amiga, namorada, bandida e mocinha da minha estória. Que ralha comigo, que me incentiva, que não deixa a minha peteca cair. A que me faz querer mais, que me deixa pronto para tudo. Nós dois somos um guerreiro. Espada em uma mão e escudo na outra. Esta faltando um braço do soldado. Ou bate ou defende. Não esta acontecendo o movimento continúo, estou me sentindo aleijado.

Hoje não tem Pessoa, não tem Drumond, nem Meireles, muito menos Florbela, hoje está tudo Augusto dos Anjos, hoje ficou negro, a boca que me beija não esta aqui. Carol que falta você me faz. Carol como é ruim dormir na diagonal. Carol...o sentimento ambíguo é a pior coisa. Eu torço, eu ligo, eu mando mensagem, eu quero ver você cumprir seu objetivo. Mas eu também te quero junto comigo. Não da para encarar a caminhada sozinho baixinha.

Ficou para eternidade. Toda vez que meu sentimento entrar em conflito, sempre que eu quiser parar para pensar, eu vou lembrar deste momento. E ai, eu vejo que meu amor não precisa de prova nenhuma mais (pelo menos para mim). Com você eu posso muito mais do que sou hoje. Você é o meu incentivo. Hoje vejo o reflexo do meu momento em um mar Português. Se eu cair n´água, quem vai me salvar?

Te amo,
Léo

Hoje não tem dica por que não estou com saco...

Abraços do português,
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.

E-mail: lgorgueira@hotmail.com