Como os mais próximos sabem (me desculpe o plágio Chico) está faltando um pedaço de mim, que dentro em breve volta. Mas não é sobre isso que vim falar, este sentimento é meu e acabou.
Estava parado este final de semana, fazendo a tradicional olimpíada sala, quarto cozinha, ou seja, TV, Internet e comida, quando resolvi parar e escrever, iniciando uma daquelas comparações surreais que fazemos quando não temos mais o que pensar.
Resolvi traçar o paralelo entre Cartola e Bob Dylan. E olha tudo isso somente com oxigênio.
Estava parado este final de semana, fazendo a tradicional olimpíada sala, quarto cozinha, ou seja, TV, Internet e comida, quando resolvi parar e escrever, iniciando uma daquelas comparações surreais que fazemos quando não temos mais o que pensar.
Resolvi traçar o paralelo entre Cartola e Bob Dylan. E olha tudo isso somente com oxigênio.
Aí eu vi que são poetas parecidíssimos, mas que observados a primeira vista não se comparam, tem vidas diferentes, viviam em mundos antagônicos, mas que se fundem por uma dessas coisas que somente os grandes poetas tem: A chamadas inquietação social. Ai que eu vi que são irmãos, irmão preto brasileiro e irmão branco americano. Irmãos artísticos diga-se. Olha quem quiser parar aqui, e pular para a dica do português eu entendo, mas é que o texto hoje esta meio louco mesmo.
Resolvi fazer uma comparação entre Blowin' In The Wind, do Dylan e Alvorada, do Cartola, são músicas que tratam de um mesmo tema, exclusão social, respeito do homem para o homem. Isto é tratado de maneiras diferentes, mas com o mesmo resultado, Cartola, usa de um sarcasmo lírico lindo, como no verso:
Alvorada lá no morro, que beleza
Ninguém chora, não há tristeza
Ninguém sente dissabor
Tudo isto colocado com sutileza que a época permitia, passou a princípio uma visão que o turista enxerga de uma realidade que não é a dele, mas consegue atingir seu objetivo, que é falar a quem conhece os fatos.
E Dylan no primeiro verso de Blowin´In The Wind quando diz:
Quanta estrada precisará um homem andar Antes que possam chamá-lo de um homem? Sim e quantos mares precisará uma pomba branca sobrevoar Antes que ela possa dormir na praia? Sim e quantas vezes precisará balas de canhão voar Até serem para sempre abandonadas? A resposta meu amigo está soprando no vento A resposta está soprando no vento
Ambas as músicas tem mais de trinta anos, mas lamentavelmente continuam reais. E quando Cartola diz:
Mas o que me resta é tão pouco
Ou quase nada, do que ir assim, vagando
Nesta estrada perdida.
Não está errado, simplesmente previu que a estrada é perdida. A favela, senzala, gueto seja lá o que for, cantado por quem for é isso. Sim e quantos anos podem algumas pessoas existir Até que sejam permitidas a serem livres?
Resolvi fazer uma comparação entre Blowin' In The Wind, do Dylan e Alvorada, do Cartola, são músicas que tratam de um mesmo tema, exclusão social, respeito do homem para o homem. Isto é tratado de maneiras diferentes, mas com o mesmo resultado, Cartola, usa de um sarcasmo lírico lindo, como no verso:
Alvorada lá no morro, que beleza
Ninguém chora, não há tristeza
Ninguém sente dissabor
Tudo isto colocado com sutileza que a época permitia, passou a princípio uma visão que o turista enxerga de uma realidade que não é a dele, mas consegue atingir seu objetivo, que é falar a quem conhece os fatos.
E Dylan no primeiro verso de Blowin´In The Wind quando diz:
Quanta estrada precisará um homem andar Antes que possam chamá-lo de um homem? Sim e quantos mares precisará uma pomba branca sobrevoar Antes que ela possa dormir na praia? Sim e quantas vezes precisará balas de canhão voar Até serem para sempre abandonadas? A resposta meu amigo está soprando no vento A resposta está soprando no vento
Ambas as músicas tem mais de trinta anos, mas lamentavelmente continuam reais. E quando Cartola diz:
Mas o que me resta é tão pouco
Ou quase nada, do que ir assim, vagando
Nesta estrada perdida.
Não está errado, simplesmente previu que a estrada é perdida. A favela, senzala, gueto seja lá o que for, cantado por quem for é isso. Sim e quantos anos podem algumas pessoas existir Até que sejam permitidas a serem livres?
Observem, e não me venham com sentimento antiamericano que tanto vemos difundido hoje, não quero ser excomungado pelos mais radicais, mas lembro que a extinção da luta de classe deve ocorrer aqui, nos EUA e onde mais estiverem homens subjugando homens.
Dica do português:
Seguindo a coluna hoje tem uma dica dupla, dois CD´s sobre os dois homens tratados na conversa de hoje, são duas coletâneas que entram naquele quesito cdteca básica para quem gosta de música:
Coleção A Música De Cartola
Bob Dylan s Greatest Hits
Quem não tiver a fim de comprar também me procura que terei o maior prazer em gravar qualquer um dos dois.
Abraços do português,
Dica do português:
Seguindo a coluna hoje tem uma dica dupla, dois CD´s sobre os dois homens tratados na conversa de hoje, são duas coletâneas que entram naquele quesito cdteca básica para quem gosta de música:
Coleção A Música De Cartola
Bob Dylan s Greatest Hits
Quem não tiver a fim de comprar também me procura que terei o maior prazer em gravar qualquer um dos dois.
Abraços do português,
Servimos bem para servir sempre, pão quentinho de hora em hora.
E-mail: lgorgueira@hotmail.com
2 comentários:
Mas como é que tu me cria isto aqui e o mantém oculto, sem contar a ninguém sobre a existência de tal belezuuuura, ô Léo?!! =p
Gostei. Pena que estou com um pouquiiiinho de sono, senão leria o blog inteiro, com todos os posts e coisa e tal!
Enfim, grava esses dois cd's pra mim?
Ou, se isto for te incomodar, me empresta que eu os gravo, viu?
:)
Abraço, cara! Até hoje, na aula de Sociologia! _o/
Legal a comparação, curti a dica também. Cartola poeta maravilhoso, Dylan, sem comentários.
Velho lindo teu estilo de escrever, parece que esta batendo papo mesmo.
Abraços,
Lossaco
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